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Exposição "Enunciados"
panorâmica
Exposição "Enunciados"
panorâmica
Vários Pinturas
Panorâmica sobre Exposição "Enunciados"
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polivinil s/ pano cru
Z
Polivinil s/ pano cru
?
Acrílico s/ pano cru
Voyeur alvejado (2000)
Plástico (persiana)
Voyeur alvejado (2000)
Plástico (persiana)
Vários desenhos
Panoramica s/ exposição Enunciados - Roubados
Éfeso (1999)
Acrílico s/ papel (roubado)
Luminoso
Acrílico s/ papel (roubado)
Revogável ?
Acrílico s/ papel - Roubado
Hermafrodita e Maceração Rigorosa
Acrílico s/ papel - Roubados
Vénus (2000)
Série Vénus Acrílico s/ papel (roubados)
Gulliver (1999)
mesa de bilhar
Gulliver (1999)
madeira lacada, borracha e tecido
Nª Srª da Extinção
Caixa de extintor e imagem da virgem
Marquise de Sade
Vista nocturna
Marquise de Sade (1999)
grade, lupa e video
Marquise de Sade (pormenor)
Acrílico
Performance Pink Lotion
Performance in Pink Lotion - Desafio Político Sexual
fillum continuum (2000)
Instalação inserida na Exposição Identidades/Singularidades
A-Fundamentos
Exposição “A-Fundamentos”
Exposição individual de Emanuel Matos, de 18 de Maio a 3 de Junho de 2001.
Depois da sua outra exposição individual “Enunciados”, (Caldeira 213 de 24 de Novembro a 15 de Dezembro de 2000), Emanuel Matos continua as suas investigações plásticas de forma e linguagem.
P.: O titulo da exposição “A-Fundamentos” pode sugerir-nos varias ideias, mas talvez essa dispersão seja um pouco limitativa …
R.: O que se quer dizer com “A-Fundamentos” é que qualquer coisa é dada com certeza sem fundamento, portanto, necessariamente dada.
P.:E essa certeza refere-se a que tipo de “coisas” … ?
R.: À própria realidade dos objectos apresentados.
P.: Então a realidade dos objectos é uma certeza para ti?
R.: Sim, seja qual for a sua natureza os objectos funcionam como uma espécie de domínio do instinto exacerbado de conhecimento, isto é, são abordados esteticamente.
P.: E a realidade nesses objectos, o que é?
R.: Parece-me que andas a volta do conceito de realidade, e ele foi utilizado aqui simplesmente no sentido de presença, materialidade de qualquer coisa que é evidente, no entanto incognoscível.
P.: E essa certeza da evidência/aparência é para ti conhecimento exacerbado … Talvez porque aches que não existe nada atrás escondido por essa aparência dos objectos, ou não?
R.: Eu não disse isso. Quando me referi ao domínio do instinto de conhecimento, estava exactamente a por em causa a certeza desse conhecimento, dito por vezes “científico” sobrepondo-Ihe um conhecimento estético … Em relação a questão da aparência parece-me a mim que por detrás dela esta uma questão riquíssima que é a questão da ilusão, o nosso conhecimento é conhecimento da superfície, no entanto pode, contudo, ser profundo.
P.: E o que pode trazer de diferente, esse conhecimento estético?
R.: Talvez uma forma mais metódica de avaliação.
P.:"Método" sugere-me conhecimento científico …
R.: Não obrigatoriamente 0 método estético/filosófico não me parece que seja científico na sua razão.
P.: E será razão? Que tipo de razão estás a referir talvez diferente da razão iluminista?
R.: Se entendermos a razão iluminista como algo que se ergue a partir de um pressuposto ou de uma certeza fundamental (sendo este o seu método), sim. Numa estética tudo é construído em cima ou por via de um a-fundamento.
P.: A tua “obra” não tem pressupostos. Partes de que ponto para a criar? Do nada? Não acho que se consiga criar a partir de um nada absoluto, … Quando falas de a-fundamento referes-te a algo …
R.: Essa questão é importante. Parece-me a mim que a criação nasce do e no próprio acto de destruição (destruição de algo).
P.: A priori o teu trabalho então é a-fundar ou melhor a-fundamentar. Quando desconstróis/destróis um objecto, estás a criar um novo e a-fundamentar paralelamente?
R.: Eu diria que não destruo o objecto, destruo concepções, erguendo o objecto.
P.:Podemos falar acerca de outro plano do teu trabalho artístico, os conceitos. Parece-me evidente que não separas os conceitos dos objectos, certo?
R.: Sim porque concebemos “essencialmente” os objectos mesmo que com isso não saiamos da“aparência” .
P.:No entanto um objecto pode conter vários conceitos e vice-versa.
R.: Sim e não. Sim porque o objecto é equívoco, e não, porque a concepção é unívoca ou o contrário como queiram.
P.: E o equívoco dos objectos pode ter um lado negativo, interpretações limitativas, não achas?
R.: O equívoco é o próprio efeito da ilusão.
P.:Sim, mas pode ser limitativo.
R.:Não concordo, acho que o equívoco levanta a questão.
P.: Insisto, a resposta pode ser enquadrada em parâmetros castradores do teu trabalho.
R.:Sim é possível pois o limite é o próprio horizonte das pessoas … Não se responsabilize o infinito pelos limites em que o constrangem.
P.: Formulas um espectador ideal para os teus trabalhos? Só assim podes esperar que não conduzam os teus trabalhos para interpretações menores.
R.: Não acho que haja interpretações menores, talvez falsas, inverosímeis.
P.:Podemos dar um exemplo de um trabalho ”desterritorialização”, existe uma interpretação verosímil?
R.: Sim, o próprio processo da natureza se regenerar após o abandono do território e desterritorialização, quase como o processo inverso da arqueologia,enquanto re-territorialização …” (Entrevista ao artista dirigida por Fernando Rocha)
Exposição individual de Emanuel Matos, de 18 de Maio a 3 de Junho de 2001.
Depois da sua outra exposição individual “Enunciados”, (Caldeira 213 de 24 de Novembro a 15 de Dezembro de 2000), Emanuel Matos continua as suas investigações plásticas de forma e linguagem.
P.: O titulo da exposição “A-Fundamentos” pode sugerir-nos varias ideias, mas talvez essa dispersão seja um pouco limitativa …
R.: O que se quer dizer com “A-Fundamentos” é que qualquer coisa é dada com certeza sem fundamento, portanto, necessariamente dada.
P.:E essa certeza refere-se a que tipo de “coisas” … ?
R.: À própria realidade dos objectos apresentados.
P.: Então a realidade dos objectos é uma certeza para ti?
R.: Sim, seja qual for a sua natureza os objectos funcionam como uma espécie de domínio do instinto exacerbado de conhecimento, isto é, são abordados esteticamente.
P.: E a realidade nesses objectos, o que é?
R.: Parece-me que andas a volta do conceito de realidade, e ele foi utilizado aqui simplesmente no sentido de presença, materialidade de qualquer coisa que é evidente, no entanto incognoscível.
P.: E essa certeza da evidência/aparência é para ti conhecimento exacerbado … Talvez porque aches que não existe nada atrás escondido por essa aparência dos objectos, ou não?
R.: Eu não disse isso. Quando me referi ao domínio do instinto de conhecimento, estava exactamente a por em causa a certeza desse conhecimento, dito por vezes “científico” sobrepondo-Ihe um conhecimento estético … Em relação a questão da aparência parece-me a mim que por detrás dela esta uma questão riquíssima que é a questão da ilusão, o nosso conhecimento é conhecimento da superfície, no entanto pode, contudo, ser profundo.
P.: E o que pode trazer de diferente, esse conhecimento estético?
R.: Talvez uma forma mais metódica de avaliação.
P.:"Método" sugere-me conhecimento científico …
R.: Não obrigatoriamente 0 método estético/filosófico não me parece que seja científico na sua razão.
P.: E será razão? Que tipo de razão estás a referir talvez diferente da razão iluminista?
R.: Se entendermos a razão iluminista como algo que se ergue a partir de um pressuposto ou de uma certeza fundamental (sendo este o seu método), sim. Numa estética tudo é construído em cima ou por via de um a-fundamento.
P.: A tua “obra” não tem pressupostos. Partes de que ponto para a criar? Do nada? Não acho que se consiga criar a partir de um nada absoluto, … Quando falas de a-fundamento referes-te a algo …
R.: Essa questão é importante. Parece-me a mim que a criação nasce do e no próprio acto de destruição (destruição de algo).
P.: A priori o teu trabalho então é a-fundar ou melhor a-fundamentar. Quando desconstróis/destróis um objecto, estás a criar um novo e a-fundamentar paralelamente?
R.: Eu diria que não destruo o objecto, destruo concepções, erguendo o objecto.
P.:Podemos falar acerca de outro plano do teu trabalho artístico, os conceitos. Parece-me evidente que não separas os conceitos dos objectos, certo?
R.: Sim porque concebemos “essencialmente” os objectos mesmo que com isso não saiamos da“aparência” .
P.:No entanto um objecto pode conter vários conceitos e vice-versa.
R.: Sim e não. Sim porque o objecto é equívoco, e não, porque a concepção é unívoca ou o contrário como queiram.
P.: E o equívoco dos objectos pode ter um lado negativo, interpretações limitativas, não achas?
R.: O equívoco é o próprio efeito da ilusão.
P.:Sim, mas pode ser limitativo.
R.:Não concordo, acho que o equívoco levanta a questão.
P.: Insisto, a resposta pode ser enquadrada em parâmetros castradores do teu trabalho.
R.:Sim é possível pois o limite é o próprio horizonte das pessoas … Não se responsabilize o infinito pelos limites em que o constrangem.
P.: Formulas um espectador ideal para os teus trabalhos? Só assim podes esperar que não conduzam os teus trabalhos para interpretações menores.
R.: Não acho que haja interpretações menores, talvez falsas, inverosímeis.
P.:Podemos dar um exemplo de um trabalho ”desterritorialização”, existe uma interpretação verosímil?
R.: Sim, o próprio processo da natureza se regenerar após o abandono do território e desterritorialização, quase como o processo inverso da arqueologia,enquanto re-territorialização …” (Entrevista ao artista dirigida por Fernando Rocha)
Exposição "A-Fundamentos"
Detalhe
Desterritorialização
Barro e ferro
Regime Diatético
ossos, ferro e sisal
Aparelho de exercitação (2001)
ferro e algodão
Embarcação
MDF
Embarcação (2000)
MDF